sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Simplicidade


A beleza do apenas ser
E ser verazmente
Não fazendo-se um ser
Que não é
Ou sente.
E ser
Simplesmente.
É aqui onde estás.


Por Acsa Brito

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Fortaleza

É nesse meu limite
Que Te vejo tão perto.
Essa linha tênue
que separa o querer do poder.
Porque se tudo posso em Ti
Nada preciso.
Porque no nada
Tudo tenho...
Tenho o que preciso:
Você.


por Acsa Brito

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Em meio à guerra

As unhas cresceram
e ainda estão.
A patologia adversa adormece
Na tranquilidade desse confiar
Pouco crível aos olhos de outrem.

O descanso prevalece...
Assombrosamente.
A certeza de um por vir
adocicada por tenras passadas
ao Seu lado.
Minha paz
em meio à guerra.

por Acsa Brito

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Sorrisos ao vento

Que graça tem essa Graça
Que me enche de plena Graça?

Tem a graça da paz, da vida
É o amor que reconstroi, atrai
E se alegra como o pobre antes sem graça.

Quanta alegria no mistério da Graça
Que preço tem essa Graça?
Simplesmente de graça.


por Acsa Brito

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Tac-tic

Então tudo parou
Fez-se silêncio

Tic-tac
Apenas o relógio ousa falar
E marca o tempo
Que retrocede
ao mesmo ponto de partida.
Ao longe, suspiros.

Tic-tac
Não é mais tempo de recomeçar
Voltar atrás não é o melhor caminho
É hora de mudar o rumo

Tac-Tic.


por Acsa Brito

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Memórias

Riscos, rabiscos,
Um risco...

Uma borracha.
Aos poucos, limpo.
Menos rabiscos,
Sem risco.

De volta, o lápis.

Rabiscos, mais rabiscos.
Riscos.

Anáforas da vida.


por Acsa Brito

domingo, 16 de junho de 2013

Walking

Fez-se mendigo
E faminto de alma, roubou-me.
Furtou-me o que de precioso guardava
Achei-te, então, inimigo.

Hoje te vejo prostrado sob a própria carga
Tento ignorá-lo à beira do caminho
Mas o que me ama
disse-me: ama!
Agora cá estou.
Está aqui minha mão.
Dá-me a tua.


por Acsa Brito

sábado, 15 de junho de 2013

No Sinai

E eu igualmente te prometi,
mas não cumpri.
Fingi acreditar,
mas duvidei.
E Você só queria
me dar Seu amor
até mil gerações.


por Acsa Brito

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Cura

Quando de mim as escamas caíram,
irrompeu exultante minh'alma
ao Te sentir com meus olhos.
Percebi ao Te ouvir falar
que me conter não conseguiria
e por isso gritei.
Gritei ao mundo quão feliz estava
Não pela cura.
Não pelos olhos que agora viam.
Mas pela inexplicável sensação que é
poder Te enxergar.


Por Acsa Brito

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Irmã

Amo-te como se ama de verdade.
Desses amores que não se escolhe, se vive.
Se ama.
Tanto, tanto,
A ponto de escolher amar novamente.


Por Acsa Brito

terça-feira, 23 de abril de 2013

Amor

A ponte de egoísmo cedeu
E deu lugar ao
"como a si mesmo".
O conhecimento que gera vida
e amor.
Que ensina amor.
Que é o amor.
Seu caminho, meus passos.

Por Acsa Brito

Hoje

Hoje fugi,
E tive medo de ser achada
por mim mesma.
Hoje lastimei a solidão da esperança
Mas "a esperança não trás confusão".
Uma compreensão obscura.

Refugiando o medo,
alcancei o escuro da noite
anelando Sua presença
E esquecer o que lá fora existe.
Encontrei, enfim, descanso.

Por Acsa Brito



O meio

Uma certeza.
O renascer de uma oferta.
A fé que move.
As primeiras gotas,
o ribeiro que flui.
A aprazível que obtém respeito,
e segue firme
em passos sincronizados,
juntos agora.

Sem dádivas.
Elas fazem retroceder
até que haja suficiência.
Em Você.


Por Acsa Brito

O início

Cantos de "negue-se" ecoam na memória,
quando obedecer parece ser
a mais difícil saída.
E tropeço.
Caída ao chão
o único almejo do coração
é ficar ao Seu lado
Percebo então:
És minha fonte de alegria.


Por Acsa Brito.

domingo, 10 de março de 2013

Erros

Portas que se abrem
para o que estava guardado.
E os rabiscos no chão,
Frente a frente o medo e a paz,
a culpa e o perdão,
"expectativam" as mãos carmim
E o que as encobre.

Todos olham,
Apenas Um vê.

A mão que rabisca,
As vozes que acusam,
Uma alma doente que suplica.

Que se pode dizer?
Que se há de fazer?
Rabiscos ocultam 
o mistério do perdão.


Por Acsa Brito






segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Ospedali II

Carregava em suas mãos
O peso da saudade,
A agonia da morte,
O lamento da perda.

Um andar cabisbaixo
Num corredor de destinos:
Ospedali

Nas mãos a lembrança,
da esperança que traiu
o sorriso fraco de uma vida.

Os outros mortais,
Em seus austeros envoltórios cor de paz,
Sem paz revelam um ex-ser.
Restou-lhes apenas um olhar frio
Adaptaram-se às inverdades da imortalidade.

Quem quisera antes
Compreender que o fim
É mais uma prévia do que está por vir:
A eternidade ao Seu lado.

Carregava em suas mãos
O peso da saudade
Aqui, apenas (des) ilusões.
Uma simples amostra da fragilidade da vida:
Ospedali.


Por Acsa Brito.


sábado, 26 de janeiro de 2013

Ospedali

O que meus olhos vêem
São apenas máquinas
em uma oficina humana.
Máquinas desajustadas
Que fogem ao padrão de perfeição

Correm, cansam e trabalham
Apenas para consertar suas máquinas
Estudam, buscam e pesquisam
Apenas para conhecer suas máquinas

E nada sabem
Adiam o fim iminente
mas não podem evitar
o momento em que suas máquinas
Desligarão.

Por Acsa Brito

Certas (in)certezas

A depender de meu ser volúvel,
padeceria.
Teu caminho é a firmeza que me apego
E sigo.

A depender de meu olhar insano,
cairia.
Teu horizonte é a luz que me guia
E vejo.

A depender de meu riso vulnerável,
obscureceria.
Tua alegria é a verdade que me envolve
E sorrio.

A depender de meu respirar inconstante,
morreria.
Teu sopro é o fôlego que me mantém
E vivo.

Nesta vida de incertezas
És a certeza da vida.

Por Acsa Brito

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Misericórdia

Eis que fizeste noite
Sob a tarde ensolarada
Apenas para que a manhã
dos meus olhos chegasse
E se ouvisse o canto alegre
Da flor do campo amarelada.

por Acsa Brito.

Vida

Êita que sorriso vivo, menina!
Foi o sonho que acordou do sono
E não se realizou
Um paradoxo da vida

Ah, Vida!
Há Vida!
Nesta Vida, este sorriso.
não no sonho.
Alegria e Vida.

Ausência

Onde estava?
Vê-se a nudez d'alma
A obscuridade do ser a si mesmo
Ou se deixar ser
Contrariando o te permitir ser em mim.

Há mais que isso.
Desperta!
Tem poesia nessa jornada
Vida pra descobrir
Conhecimento que alimenta.
E traz paz

Paz.
Necessário é ter
e viver
essa Paz.
Onde estava?