sábado, 26 de janeiro de 2013

Ospedali

O que meus olhos vêem
São apenas máquinas
em uma oficina humana.
Máquinas desajustadas
Que fogem ao padrão de perfeição

Correm, cansam e trabalham
Apenas para consertar suas máquinas
Estudam, buscam e pesquisam
Apenas para conhecer suas máquinas

E nada sabem
Adiam o fim iminente
mas não podem evitar
o momento em que suas máquinas
Desligarão.

Por Acsa Brito

Certas (in)certezas

A depender de meu ser volúvel,
padeceria.
Teu caminho é a firmeza que me apego
E sigo.

A depender de meu olhar insano,
cairia.
Teu horizonte é a luz que me guia
E vejo.

A depender de meu riso vulnerável,
obscureceria.
Tua alegria é a verdade que me envolve
E sorrio.

A depender de meu respirar inconstante,
morreria.
Teu sopro é o fôlego que me mantém
E vivo.

Nesta vida de incertezas
És a certeza da vida.

Por Acsa Brito

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Misericórdia

Eis que fizeste noite
Sob a tarde ensolarada
Apenas para que a manhã
dos meus olhos chegasse
E se ouvisse o canto alegre
Da flor do campo amarelada.

por Acsa Brito.

Vida

Êita que sorriso vivo, menina!
Foi o sonho que acordou do sono
E não se realizou
Um paradoxo da vida

Ah, Vida!
Há Vida!
Nesta Vida, este sorriso.
não no sonho.
Alegria e Vida.

Ausência

Onde estava?
Vê-se a nudez d'alma
A obscuridade do ser a si mesmo
Ou se deixar ser
Contrariando o te permitir ser em mim.

Há mais que isso.
Desperta!
Tem poesia nessa jornada
Vida pra descobrir
Conhecimento que alimenta.
E traz paz

Paz.
Necessário é ter
e viver
essa Paz.
Onde estava?