quinta-feira, 19 de julho de 2012

Meu Rei


Sinto que nossos passos
Andam juntos agora
Vejo que o céu
Não é tão longe de alcançar.
Penso nas músicas
Que embalavam a melancolia do meu ser tristonho...
Nada mais faz sentido.
Porque, na verdade,
Tudo faz sentido.
Já tenho sentido,
Tu és o meu sentido.

O medo, a angústia, as lágrimas,
Denunciavam meu andar distante.
A solidão sem motivo
Cantava aos meus ouvidos:
Volta!
Resistente ao canto,
Andei sombria.
Como vento sem destino,
Procurei encher-me de vazios.
Escondi-me na máscara do orgulho,
E chorei.

Chorei por saber a verdade:
O meu Rei estava destronado.
Destinei o Reinado
à causas secundárias.
Daí então,
ter me perdido no sentido da vida,
Me deixado levar por coisas vãs.

Em pedaços minh'alma foi dilacerada.
A reconstrução consciente,
Tão delicada.
O retorno do Rei ao seu legado.
A cura interior tão esperada.

Sinto que nossos passos
Andam juntos agora.
Vejo que o céu
Não é tão longe de alcançar.
A felicidade antes perdida, foi reconquistada
Os domínios do reino foram retomados
Agora meu ser descansa
Porque o senhor, meu Rei,
Reina sobre mim.

Por Acsa Brito