sábado, 18 de junho de 2011

Imensurável

Queria te dizer o quanto és grande
mas descobri, ao tentar,
que não existem palavras que expressem
o imensurável.


domingo, 12 de junho de 2011

Sobre as águas

Vivi tanto tempo acreditando
E, de repente, ouço Tua voz:
Deixe e siga-me

Como um tesouro encontrado no campo
Vendi tudo que tinha para tê-lo

Disseste-me que valeria à pena, 
eu confiei,
mas não sabia como andar sobre as águas,
ignorava que bastava apenas olhar firme em teus olhos...

E mais uma vez, o vento bateu forte
e eu aqui quase afogando.
Minha visão encoberta pelas ondas,
mal posso ver Teu rosto.
Estende-me a mão, Mestre!

Perdoe-me a pouca fé, perdoe-me.
Mas preciso sentir Sua mão
Mais uma vez
Segurando as minhas.

Por Acsa Brito.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

De volta

Braços cruzados sobre os joelhos dobrados
observa o céu.
Longe demais
a lua
ela
dela
de casa.

Deu-se conta nesse instante
que havia se perdido,
e o que se havia perdido.
Talvez por querer tentar sozinha
Ilusão de andar por si mesma
Chagas do mundo que a consomem.

Doeu no peito,
Algo semelhante à saudade.
Vontade de voltar
Não sabia como
Tentativas frustradas numa noite fria.

Sozinha a ermo,
vagando no vazio do ser
Olhou novamente aquela lua
parecia mais perto
lembrou-se então do caminha de volta.

Algumas lágrimas mais perto
Ouviu uma voz...
Finalmente estava em casa

Ele sentou-se à mesa com ela
Estava ali para curá-la
Tocou suas feridas intocáveis

E ficou sã.


Por Acsa Brito.